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Projeto Aprender Brincar Crescer
O Ministério da Educação e Ciência (MEC), através da Direção Geral de Educação (DGE), em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), a Fundação Bissaya Barreto (FBB), o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, a Universidade de Coimbra (UC) e o Alto Comissariado para as Migrações (ACM) estão a desenvolver um projeto, financiado pela Comissão Europeiai, direcionado a crianças até aos 4 anos de idade que não frequentam qualquer tipo de resposta formal (creche ou jardim de infância) e suas famílias.
Trata-se de adequar, monitorizar, avaliar e disseminar uma resposta no âmbito dos serviços para a infância, já em funcionamento noutros países como a Austrália, Nova Zelândia, Inglaterra, Escócia, Irlanda, Holanda e EUA, denominada Playgroups e que no nosso país adota o nome de Grupos Aprender Brincar Crescer.
O projeto
Este projeto constitui-se uma experiência piloto e terá a duração de 26 meses (janeiro de 2015 a fevereiro de 2017). Destina-se a crianças entre os 0 e os 4 anos de idade e às suas famílias/cuidadores, sendo que as atividades envolvem a participação de ambos em simultâneo.
Na fase de experimentação dos Grupos Aprender, Brincar, Crescer (GABC) poderão beneficiar das atividades, aproximadamente 500 crianças e os seus cuidadores (ex. pai, mãe, avós, tios, primos, irmãos...), em 5 distritos do país – Porto, Aveiro, Coimbra, Lisboa (inclui Sintra) e Setúbal (Margem Sul do Tejo).
Em cada distrito funcionarão 10 grupos compostos por 10 crianças e pelos 10 adultos, seus cuidadores. Cada grupo será dinamizado por dois monitores, preferencialmente oriundos das próprias comunidades, com formação específica para o efeito e supervisionados por um educador de infância, responsável por todo o distrito onde ocorre a intervenção do Projeto Aprender Brincar Crescer.
Funcionarão em espaços diversificados, tais como, escolas, bibliotecas, instituições públicas e de solidariedade locais, espaços públicos, mercados, estabelecimentos comerciais, em sessões bissemanais com a duração de 2 horas.
As entidades locais serão parceiras privilegiadas no desenvolvimento deste projeto, pelo reconhecido trabalho que já desenvolvem no terreno e pelo conhecimento das necessidades das comunidades em causa.
Estas entidades serão essenciais na fase de identificação e recrutamento das famílias e suas crianças, na partilha de recursos que possam disponibilizar, nomeadamente, espaços, materiais e equipamentos para o desenvolvimento das atividades, bem como na identificação dos monitoras(es) e educadoras(es) a selecionar.
Nos GABC todos – crianças e cuidadores – Aprendem, Brincam, Crescem!
Experiências semelhantes noutros países europeus demonstram que este tipo de serviço, quando desenvolvido com padrões de elevada qualidade, contribui para facilitar a inclusão social e para a promoção do desenvolvimento global das crianças, bem como para o desenvolvimento de competências parentais e de empregabilidade das famílias.
Os GABC são também muito positivos para os adultos pois permitem que estes estabeleçam laços de amizade, se envolvam com outras famílias e reforcem a sua autoestima na parentalidade.
As sessões dos GABC privilegiarão as relações interpessoais e a criação de um clima empático, de respeito, cooperação e partilha recíproca. Através das atividades educativas e lúdicas que serão propostas, pretende-se responder às necessidades e interesses das crianças e dos cuidadores que as acompanham.
Serão oportunidades diversificadas para brincar e realizar aprendizagens que decorrem da interação entre os adultos e as crianças, tornando-se momentos significativos, divertidos, únicos e plurais.
Validar para disseminar
Por forma a compreender como funcionam os Grupos ABC no contexto português, torna-se essencial a sua avaliação.
Esta avaliação decorrerá durante a implementação (monitorização) e, no início e final desta, para verificar o impacto da intervenção nas crianças e nos cuidadores que as acompanharam (avaliação de impacto).
Assim, as famílias interessadas, após a sua inscrição nos GABC, poderão integrar uma das duas fases possíveis de participação nas sessões:
- Fase I a decorrer entre Outubro de 2015 e julho de 2016;
- Fase II a decorrer entre setembro de 2016 e novembro de 2016.
A distribuição dos interessados pelas duas fases será feita recorrendo-se a um processo de aleatorização (sorteio).
Os resultados deste projeto-piloto serão apresentados em forma de recomendações aos decisores políticos.
Será criado e desenvolvido um website dedicado ao projeto, que facilitará e valorizará a comunicação e cooperação com os seus utilizadores.
No final do projeto serão disponibilizados e disseminados tanto a metodologia como os materiais para a criação de novos Grupos Aprender, Brincar, Crescer, designadamente: o Manual do Monitor e o Manual da Formação de Monitores.
Serão, igualmente, publicados os relatórios intercalares e finais da implementação, o estudo de avaliação do impacto do projeto e um livro com as histórias de vida dos monitores (story telling).
Os resultados do projeto serão, ainda, apresentados em seminários regionais e numa conferência final, a realizar em fevereiro de 2017.
Para mais esclarecimentos, contacte-nos:
- DGE/MEC: Hélder Pais (dsdc@dge.mec.pt) e Liliana Marques (liliana.marques@dge.mec.pt)
- FCG: Alexandra Marques (amarques@gulbenkian.pt)
- FBB: Lúcia Santos (luciasantos@fbb.pt) e Joana Freitas Luís (joanaluis@fbb.pt) ISCTE-IUL: Joana Alexandre (joana.alexandre@iscte.pt)
- UC: Clara Barata (mclarabarata@fpce.uc.pt) e Bruno de Sousa (bruno.desousa@fpce.uc.pt)
- ACM/Programa escolhas: Julia Santos (julias.consultores@programaescolhas.pt)