Desenvolvimento Económico :: Projeto «águeda concept» na Tektónica: de Águeda para o Mundo
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O projeto «águeda concept, from local to global», ultrapassa a definição de conceito único, mas antes se enquadra numa (...)
O projeto «águeda concept, from local to global», ultrapassa a definição de conceito único, mas antes se enquadra numa estratégia regional que pretende um alcance global. O projeto foi galardoado com o Prémio Distinção da Feira Tektónica 2012.
A ideia passou por reunir empresas de uma região conhecida pelo forte tecido empresarial e industrial, onde cada uma delas pudesse, de alguma forma, mostrar a sua contribuição para um projeto comum. Nasceu o «águeda concept», agora materializado numa casa de habitação onde mais de duas dezenas de empresas participaram ativamente.
A lógica foi a criação de uma rede entre as 35 empresas aderentes e instituições públicas e privadas que se juntaram ao projeto. Da necessidade de promover e dar a conhecer além-fronteiras o que de melhor se faz em Águeda do ponto de vista empresarial, foi o mote para um conceito que nasce numa era onde se torna imprescindível encontrar novas soluções para os desafios da competitividade e inovação.
Sustentabilidade
O conceito assenta na sustentabilidade com uma forte componente ambiental e pretende servir de plataforma de desenvolvimento da economia local, de forma a torná-la capaz de vingar no mercado global.
A Câmara Municipal de Águeda surge nesta iniciativa para se assumir, conforme refere o Presidente da Câmara, Gil Nadais, além da organização, comunicação e merchandising, como um elemento catalisador de todo este projeto. Uma espécie de centro operacional que reuniu vontades e levou para a frente um projeto que arrancou oficialmente no passado dia 27 de abril, com a visita ao Concelho de Águeda do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
O início da fase visível é uma casa de arquitetura modular, construída com base em material reciclado – Coretech –, totalmente equipada nas várias valências por produtos da rede de parceiros.
O primeiro exemplo para criar um espaço onde o projeto «águeda concept» cresça e encontrar um número acrescido de sinergias que permitam o desenvolvimento de novos produtos e conceitos de Águeda, de Portugal, para o mundo.
Casa modelar
A casa construída pela Aguimóveis e que esteve em exposição na feira Tektónica na Feira Internacional de Lisboa, não deixa ninguém indiferente.
As formas circulares e os materiais utilizados estão à vista de todos. No interior, aos espaços partem de uma nave central onde emerge uma salamandra e de onde se podem observar os diferentes espaços da casa, como as salas comuns, escritórios, salas de banho, cozinha e, em separado, um zona de SPA. A mistura entre a cor branca e a cor acastanhada (original) do Coretech foi um a opção do arquiteto para mostrar num espaço de visita as possibilidades do material e modularidade que lhe está associada.
Gil Nadais não escondeu que o «águeda concept» é mais uma iniciativa numa estratégia mais alargada para um objetivo que considera essencial para a cidade. Transformá-la numa urbe virada para o futuro, com “um plano que se vai construindo com um objetivo básico: “queremos ser uma ‘Smart City’,um conceito internacional”. Uma ideia que passa além das infra-estruturas básicas e se centra na qualidade da comunicação, do conhecimento e infra-estrutura social. É neste contexto que o conceito de “SmartCity” ou cidade inteligente, ou mesmo cidade digital, foi introduzido como estratégia que vive de um quadro comum e pressupõe a maior competitividade das cidades.
O presidente da Câmara aposta nesse passo “com base no desenvolvimento das empresas de Águeda” de forma “a potenciar o que já existe no concelho e, ao mesmo tempo, tornar a cidade mais amiga das pessoas”.
Para Gil Nadais, esta aposta é uma procura constante e gradual com base “numa cidade inteligente, que avança passo a passo sem uma trajetória escrita, corrigindo pontualmente a estratégia e, sobretudo, levando as pessoas a entrar em conceitos novos”. Ainda assim, garante o autarca, “não se faz por decreto”. É ir mais longe e “conseguir construir com as pessoas uma cidade diferente e um concelho diferente”.
Além do «águeda concept», Gil Nadais está envolvido noutras áreas que de alguma forma fazem parte da estratégia de aproximação das empresas do conselho. O programa Parcerias para a Recuperação Urbana (PRU) é mais “um projeto associado para a realização de espaços públicos e um incentivo à recuperação do espaço”. É, refere, “outro uso do meio envolvente que aposta “na reabilitação urbana e nas intervenções para a sua realização”. “Tudo isto se cruza”, acrescenta.
O autarca refere que a construção já viu melhores dias, “mas a reabilitação está a acontecer porque há reduções em sede de IVA e a Câmara não cobra todas as taxas, o que a torna mais aliciante para as pessoas”.
Gil Nadais não esquece que o concelho “é muito industrializado com pequenas e médias empresas, mas, felizmente, de vários sectores”. Se por um lado essa diversificação “traz mais problemas em termos de atuação, porque não podemos olhar para um determinado sector”, por outro lado “também nos facilita a vida porque quando um sector está pior, os outros respondem melhor”.
O presidente da autarquia destaca ainda que “as pequenas e médias empresas são constituídas por pessoas oriundas de Águeda ou da região, que tudo fazem para que a empresa não desapareça”. Um historial de familiaridade que revela que “a empresa cresceu juntamente com os funcionários e, daí, essa ligação emocional”.
Novas apostas
Gil Nadais lembra que alguns sectores de ponta do conselho, além dos ligados ao automóvel e transportes, passam pela iluminação. O autarca conta que uma das empresas tem “15 técnicos superiores a trabalhar na iluminação led” e levanta o véu de uma das próximas apostas do concelho que vai incidir sobre as formas de iluminação pública: “Está em curso um plano diretor de iluminação que promove uma central única que permita um melhor aproveitamento e redução de energia”.
Relativamente ao «águeda concept», Gil Nadais escusa-se a atribuir a paternidade, mas vai acrescentando que a junção de vontades “não foi fácil, porque as empresas estão muito habituadas a funcionar sozinhas”.
Porém, conclui, “tivemos um envolvimento muito positivo”. Para o presidente, o papel da Câmara é também “gerir essas diferenças e sensibilidades que passam, por exemplo, pelos convites que foram feitos”. Para este projeto, o autarca esclarece que “convidámos algumas empresas, não todas, mas haverá outros projetos onde outras poderão participar”.
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