Desde 10 de abril: Gabinete Municipal de Apoio ao Agricultor é o Primeiro do Género na Região
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É uma aposta da Câmara Municipal, o desenvolvimento da agricultura no concelho de Águeda, tendo em conta a enorme relevância e importante papel que esta poderá ter na fixação das pessoas nas aldeias serranas, assim como no desenvolvimento económico deste setor.
A agricultura pode ser um importante empregador, e em simultâneo uma fonte de rendimento extra para um elevado número de aguedenses. Para além das suas mais valias no que diz respeito à minimização dos efeitos dos incêndios florestais que, nas áreas cultivadas, poderão ter um forte contributo por constituírem barreiras naturais que contrariam a propagação das chamas.
A agricultura faz parte da história do concelho de Águeda, sendo a base da fundação de muitas empresas dos dias de hoje. Caracterizando-se este setor pela exploração minifundiária, a agricultura familiar de subsistência ou complementar, que se revela fundamental no conjunto das funções económicas, sociais, ambientais e demográficas sustentando o desenvolvimento rural e a coesão territorial de Águeda.
O êxodo rural catapultado pelo aumento da indústria junto à cidade levou à desertificação, quase total, das aldeias que hoje mantêm, apenas, traços de histórias próprias da sua ruralidade. Hoje, os meios rurais servem de refúgio para passar uns dias de férias ou, talvez, o fim-de-semana, e para os mais resistentes serve para viver os momentos que não estão a trabalhar nos seus empregos. O que é comum a todos é a busca pela quietude destes meios, que estão nas nossas raízes e lembranças de um passado que não se quer perder.
Os efeitos da mobilização demográfica dos meios rurais para os meios urbanos, têm vindo a acarretar algumas consequências negativas. Os campos agrícolas que eram cultivados em redor das aldeias serviam para produzir os seus próprios alimentos, ou até para os vender como forma de obter um rendimento extra. Mas também serviam como faixa de proteção contra os incêndios: as mesmas faixas que hoje somos obrigados a fazer à volta das casas para prevenirem que no próximo incêndio não sejamos os visados. Este planeamento territorial que os nossos antepassados fizeram, e que hoje apelidamos de valorização paisagística, é a chave para manter a rentabilidade de morar a mais de 10 quilómetros do local de trabalho, e ainda assim poder afirmar que se tem uma qualidade de vida acima da média.
Há necessidade de valorizar e promover os recursos naturais do concelho de Águeda, onde cerca de 70% da área do território concelhio é floresta, onde cerca de 14% são de área RAN (Reserva Agrícola Nacional) e cerca de 38% REN (Reserva Ecológica Nacional), estando previsto, de acordo com o PDM, uma área de espaços agrícolas de 42.625.921 m2 (4.262,6 Ha) (espaços de uso agrícola do concelho programado em termos de PDM) o que representa 12.71% do território municipal.
Mais uma vez, esforçamo-nos por estar à frente e antecipar as necessidades da população, e do seu território, com vista a criar condições para a sustentabilidade do setor agrícola.
"Queremos potenciar o cultivo das nossas terras, pois sendo este um importante meio de subsistência local, é também um fixador da população e em simultâneo um grande aliado no combate ao flagelo dos incêndios florestais. Queremos captar o maior número possível de apoios para Águeda e para o seu desenvolvimento, também nesta área da agricultura", afirmou diz o Presidente da Câmara Municipal, Jorge Almeida.
Assim, para a concretização deste objectivo estratégico, para reforçar as competências técnicas nesta área, o Municipio contratou os serviços de um Engenheiro Agro Pecuário para prestar apoio e aconselhamento técnico na implementação e dinamização do Gabinete Municipal de Apoio ao Agricultor, através do qual são divulgadas as medidas de apoio a estes profissionais, pois "merecem os cidadãos de quem governa a melhor das atenções para a resolução dos seus problemas e dificuldades, nomeadamente no que concerne aos acessos a apoios governamentais, para a obtenção de uma resposta adequada aos seus problemas, e poderem assim ter disponíveis recursos de subsistência para fixarem a sua residência nas aldeias serranas, proporcionando a estes territórios melhores usos, com mais valias para a biodiversidade e melhores oportunidades para o fortalecimento do tecido agrícola, e para que não seja tão corrente o recurso à arborização nas envolvências dos aglomerados habitacionais", declarou o Presidente da Câmara Municipal, Jorge Almeida.
O Município de Águeda está empenhado em facilitar e impulsionar as ações dos agricultores e disponibiliza ao cidadão, um serviço gratuito e personalizado. E nesse sentido tomou a iniciativa de celebrar protocolo com a CNA (Confederação Nacional da Agricultura) que concentra as valências necessárias para prestar serviços de SNIRA (Sistema Nacional de Informação e Registo Animal), Parcelário, Pagamentos Diretos - PAC 2014-2020, Formação e aconselhamento, e todos os serviços inerentes à atividade agrícola e pecuária. Sendo o primeiro município da região a avançar com este tipo de iniciativa.
Está em funcionamento a partir do dia 10 de abril, o Gabinete Municipal de Apoio ao Agricultor (GMAA) sendo objetivo deste serviço estimular a atividade agrícola criando melhores condições aos agricultores e incrementando o desenvolvimento da área agrícola explorada.
Este novo serviço está disponível para todos os agricultores, funcionando na Câmara Municipal de Águeda e sendo complementado com o serviço móvel que se desloca às freguesias para facilitar o acesso dos cidadãos.
Horário de atendimento no edifício da Câmara: terça-feira das 9:00 às 13:00 e sexta-feira das 14:00 às 17:00.
Outras marcações e informações via Linha Verde: 800 203 197 ou telemóvel: 961 708 267 – Eng.º Pedro Silva.